segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Texto sem sentido

Eu nunca fui de fazer resoluções de Ano Novo. Nunca consegui cumpri-las. A maior prova disso é que 2013 eu deveria querer perder 10 kg. Em 2017 tenho que perder uns 15kg.
Eu sempre tento ser uma pessoa melhor. Todos os dias.
Também nunca fui de fazer retrospectivas. Porém, justo nesse tenebroso ano de 2016, resolvi colocar para fora alguns pontos:

1 - Ganhei mais turmas na escola.
2 - Tive problemas com responsáveis de aluno e tive que conversar com uma mãe. Achei que fosse infartar.
3 - Me senti mais próxima dos meus amigos.
4 - Fiz amigos maravilhosos no trabalho.
5 - Mas me afastei de uma pessoa bem importante, mas a amizade não rola mais,
6 - Me reaproximei do meu pai, mas não resolvemos nossos problemas (talvez numa próxima vida).
7 - Comecei a pensar mais sobre espiritualidade, apesar de continuar perdida.
8 - Quase conheci uma irmã que, obviamente, não conheço.
9 - Comi a melhor costelinha do mundo.
10 - Fui em apenas uma roda de samba.
11 - E nenhuma roda punk.
12 - Virei minha vida de cabeça para baixo.
13 - Parei de sentir borboletas no estômago,
14 - Terminei um namoro.

Para 2017, eu espero poder organizar minhas bagunças, aproveitar minha viagem sozinha, encontrar um caminho espiritual que aqueça meu coração, ir à rodas de samba e sambar, voltar a sentir as borboletas no estômago.



Continuar a tentativa de ser uma pessoa melhor.
Menos Rivotril
Mais rivofoda-se.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Estamos bem.
Na medida do possível.

Faz uma semana que tenho ido dormir ouvindo música. Música triste, de cortar os pulsos.
É que nos primeiros dias eu não queria ouvir nada.
Músicas tristes são minha canção de ninar.

........

É difícil não saber o que se sente. Se é que sente.
É contraditório ter o coração vazio, ao mesmo tempo em que ele está tão cheio.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

I'm back.

Borboletas no estômago, palpitações e noites sem dormir. Parece paixão, mas é transtorno de ansiedade generalizada.

Rivotril pra poder dormir
Prozac pra poder viver
Terapia pra parecer normal.

Nada parece funcionar aqui.
Por quanto tempo podemos nos sentir culpados?

Eu me sinto culpada há 9 anos. Me sinto culpada por um erro que não cometi sozinha, por um erro que deixou marcas profundas na minha vida.
Eu não deveria ter me envolvido na história de amor de outras pessoas. Eu deveria ter resistido. Por quanto tempo mais ele insistiria? Mais um mês? Sim. Eu o neguei por um mês e deveria ter continuado a negar. Jamais deveria tê-lo beijado. Eu não tinha esse direito.
Eu não vou me render aos clichês que se aplicam nessas situações, não vou me xingar por esse erro. Mas eu deveria ter tido consideração por ela. Ela que foi vítima, que foi chamada de chata, de imatura, de insuportável, de louca.
Todas nós já fomos loucas, chatas e imaturas. Todas nós já fomos puta.
 Há 9 anos eu não sabia das coisas que sei, não sentia as coisas que sinto. Era quase outra pessoa, mas era eu.
Hoje sou culpada.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Tá bem?

Há alguns anos, eu estava em relacionamento ruim. Bem ruim.  Um relacionamento onde apenas eu estava ali. E eu sempre estava ali, esperando qualquer demonstração de afeto da parte dele.


Certo dia, ao encontrar uma amiga, ela me disse que eu estava muito bem. Que o fulano estava me fazendo tão bem que eu até estava mais magra. 


Eu estava triste, na verdade. Estava em uma relação pouco benéfica pra mim. Eu passa o dia ansiosa a espera  de uma ligação e não conseguia comer. Tinha tantos aborrecimentos que, muitas vezes, acabava passando mal e vomitando. Eu sequer dormia bem.


Mas eu estava ótima. Estava magra.


quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Eu sempre fui uma pessoa pessimista. Sempre esperei o pior das pessoas e das situações que aconteciam comigo. Com as outras pessoas eu era mais confiante. Sempre achei possível acontecer coisas boas com elas. 
Ser pessimista é muito ruim. E não porque eu acredito que isso atrai coisas negativas e energias ruins. Nada disso. Nem acredito nisso. Mas é que ser pessimista me faz sofrer duplamente.
Em uma dada situação, onde a probabilidade de alguma coisa dar certo é de 50% e a de dar errado também, sempre aposto no errado. A partir daí, começa o sofrimento: ansiedade, nervosismo e desespero. Sim, porque eu já sei que vai dar errado e fico pensando no que fazer, pensando que nem deveria ter tentado fazer tal coisa. 
Quando dá certo é uma alegria! A sensação é de superação, de que consegui apesar de tudo. Quando dá errado é uma tristeza. Mesmo sendo o resultado esperado, no fundo, sempre tenho a esperança de ser surpreendida. Daí não rola. Não acontece. E acabou. Draaama. 

E daí sofro duas vezes. Sofro por antecipação e pela derrota. E fico me sentindo mais idiota por ter esperado algo bom, de ter acreditado na surpresa. 

E fica aquela voz insuportável na minha cabeça dizendo: "eu não falei?"